quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Fim das Estações de Will North (Editorial Presença)



Começo categoricamente por usar um chavão que é o de que não se deve julgar um livro pela capa, por mais ou menos apelativa que ela seja e aproveito para dizer que sendo a capa deste livro lindíssima e digna de uma valente nota 10, eu quando a vi fiquei com a sensação de que era um livro calmo, suave e quiçá sonolento.

Estava tão enganada! Adorei o mundo que Will North me apresentou. Um pouco demasiado descritivo em certos momentos iniciais para o meu gosto, mas acho que ai a culpa será minha por querer acção e conteúdo antes do contexto. Admito que tal como uma criança ignorante fui corrigida assim que o conteúdo se vai desvendando pois sem o contexto temporal e geográfico, não teria o mesmo efeito.

O livro pode se resumir num espaço-tempo de 2 dias e 3 flashbacks. Fala-nos de uma realidade muito americana: a das famílias endinheiradas da América, famílias de dinheiro antigo e “de bem”.
Esconde-nos um mistério que se vai desvendando á medida que nos apresentam os pensamentos, acções e sentimentos escondidos (e fingidos) de muitas personagens. Sem ter um herói ou heroína directo, temos sim um palco de vidas diferentes. Interligadas por décadas e décadas de um comportamento habitual e enraizado como o de ir de ferias na altura balnear para uma casa de ferias (de família) perdida numa ilha pacata e sossegada como a de Puget Sound. Mas até num marasmo festeiro se escondem segredos, traições, mentiras e muito mais...


Leiam. 


Vão gostar do passeio pelas vidas dos habitantes de Puget Sound e das suas vontades escondidas. 

Acrescento apenas que nunca tendo lido nada deste autor, tornei-me fã. É um livro que aconselho para uma tarde em que esteja demasiado frio para passear. Aconselho uma bebida quente e um sofá confortável como acessórios para O Fim das Estações ;)


Agradeço a Editorial Presença não apenas por mais uma sugestão certeira, mas também e especialmente por uma aposta vencedora!
 

domingo, 13 de setembro de 2015

Dia 12 de Setembro de 2015 = 2 anos: Um marco :)

Ontem, dia 12 de Setembro, foi um dia feliz. Passado com as pessoas de quem mais gosto, entre risadas, comidinha boa, munta bubida bouaa e uma comemoração pessoal de 2 anos do meu transplante renal.





Um dia depois do dia que muitos ainda recordam com o fatídico tom de voz “11 de Setembro”, eu recordo o meu 12 de Setembro e toda a esperança, alegria e mudanças que me trouxe de volta.
O marco dos 2 anos é também o marco de reclusão de qualquer ideia de ser ou vir a ser mãe. Ou seja, posso se quiser, quisermos, falar já na hipótese aos médicos e afins.

Quero?
Queremos?

Sei que falhei com o relato da ultima consulta que foi no dia 3 de Julho, consulta que correu lindamente e aonde me foram até prolongadas as consultas com um distanciamento de 3 meses, por isso a próxima não falta muito, dia 2 de Outubro. A consulta correu bem, as analises estavam melhores. Comuniquei que nunca cheguei a tomar os anti-depressivos, pois tive a alegria de mudar de trabalhado a dia 11 de Junho, o que me afastou do veneno que destruiu a minha vida desde Dezembro 2014 até Junho 2015. A Midas e a merda de pessoas (com pouquíssimas excessos) que lá conheci danificaram-me física e mentalmente mais do que alguma vez poderia acreditar se me tivessem contado.

Hoje já não recorro aos calmantes nem em estado SOS, corro para retomar um palato e regime alimentar mais saudável e planeio retomar uma actividade física mais intensa que actualmente em breve. Tudo na busca da perda do peso e stress que ganhei naquele antro nojento. Adiante… é um processo de recuperação do eu que perdi e danifiquei, mas hei-de lá chegar. Devagar ou não, não desisto. Sou a única pessoa que nunca o poderei fazer.

E a consulta correu bem. O marco dos 2 anos está atingido e agora, tal como há 2 anos atrás quando acordei da anestesia e me disseram que era um rim fantástico e tinha já urinado 2 litros e meio assim que foi transplantado ainda na mesa de cirurgia… o futuro é meu e o que dele virá ainda depende de escolhas apenas minhas.

Obrigada a todos e todas as que me fazem sentir que mesmo nos dias em que as forças, a paciência, a energia e a vontade me falham.. mesmo que chova, sã ias lindos e merecedores de tudo apenas porque vocês existem na minha vida e fazem dela um sitio brutal para estar. :)


Obrigada de coração!
   

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

As noticias que são agora noticias...



Não me levem a mal e por favor entendam bem o que vou dizer, mas não aguento mais. Nos últimos dias só tenho visto e sentido toda esta dor e crueldade humana de nós para nós. Claro que não é nada novo, é se calhar algo mais visível agora e amanhã quando começarem as copas e os torneios ou nascer filho de X pessoa ou morrer Y pessoa isto vai dissipar-se no panorama mundial como sempre acontece a tudo. E não devia.

Observamos agora uma realidade que é mais velha do que sei lá e nos últimos dias, não estando eu super sensível ou emocional sequer, tenho-me deparado com momentos em que fujo das redes sociais e de tudo só para não dar por mim com vontade de chorar.

Não aguento!

E todos nós não devíamos de aguentar em conjunto!
Alimentar uma noticia hoje e deixar a realidade viver quando a noticia for passado é errado e estúpido! Somos os seres pensantes deste mundo? Onde? Somos quem manda neste planeta?? A sério?? Ridículo!

Ontem os animais, hoje os seres humanos, amanhã e por fim o planeta? Ninguém tem mão nisto!?

Vamos unir-nos numa única voz e largar arrogâncias, egos, superioridades ou paternalismos e reter este sentimento atroz e violento que nos faz dizer que não aguentamos, que está errado e que chega!!! E gritar bem alto pois se um sozinho consegue ser vergado e partido, TODOS JUNTOS ninguém nos parte nem verga.

O que quero dizer é que não aguento mais que estas situações sejam palco central hoje e esquecidas amanha!  Está na altura de retermos as lições do passado e NÃO repetir tudo de novo num futuro próximo.

Por favor vamos mudar. Mudar os pensamentos, as atitudes, as acções, os sentimentos. Aos poucos. Já não tão devagar quanto isso e definitivamente! Já chega.

Bom fim de semana


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