2015 foi sem dúvida um ano da minha vida que nunca irei
esquecer. Qual 2000! Qual 2011! 2015 foi, pelo menos até agora e espero não
morder a língua, o ano que poderia ser considerado o meu Armageddon. E acreditem
que na minha vida existiam concorrentes bastante fortes para essa categoria até
ao momento.
Por isso 2016 só pode vir carregado de bom. E é isso que
quero, peço e projecto para o universo me providenciar. Não peço um ano
incrível, excelente ou o vencedor na categoria do melhor ano da minha vida, até
ao momento. Sou simples, comedida e contida e aponto para um objectivo real,
alcançável e acessível: bom.
2015 trouxe-me tanta dor, tanta perda real, física,
emocional, interna e pessoal que se torna até ridículo. A perda ou dor maior é
mesmo perder parte de mim. Sinto honestamente que perdi uma energia e um
espírito que tinha e por mais que lute para recuperar, não consigo. Não desisti
mas começo a ter que entender que é uma procura na qual que posso não conseguir
o resultado pretendido e terei que avançar com o que sobrou. Tenho de fazer
disto algo novo. Mas recomeçar algo tão intrínseco e complexo como o nosso eu e
sentindo que o fazemos com pedaços partidos da nossa essência... vai ser
difícil. Mas não desisto. O impossível é só difícil, nada mais.
2015 teve para mim uma taxa de 98% mau versus 2% bom. Ya. Não
estou nem sequer a exagerar. Vocês nem imaginam o quanto quero que este ano
acabe! Como já disse no outro dia a alguém, quero tanto mas tanto que se fizer
mais força ponho um ovo! Só para terem
noção.
Mas não foi tudo mau e os 2% que foram bons são o que me
manteve sã e a flutuar à superfície apesar de tudo. Não sou pessoa de gritar,
chorar ou pedir ajuda quando me afogo. Eu sei eu sei, estúpida e parva e
orgulhosa e egoísta. tudo... já ouvi.. já ouvi...
Mas sou assim. Aprendi na vida que nunca ninguém me estendeu
a mão quando precisei, por isso deixei de sequer permitir que se note o quanto
preciso de ajuda. E este ano senti-me muitas vezes como um peixe fora do
aquário durante dias, já desesperado e sem ideias ou planos à MacGyver sobre
como se safar.
O que me safou? O meu combustível interno de teimosia e
aquela vontade que ainda me resta de contrariar os murros, pontapés e chapadas
que a vida me atira. Ser obstinada e ter mau feitio é o meu escudo de protecção.
Podem chamar-lhe super poder ;)
Isso tudo e aqueles 2%. Foquei-me no bom que tive, por menor
que seja em comparação. Porque acredito que o valor das coisas é lhes colocado
por nós. Nós dizemos quanto ou até que ponto algo teve peso ou impacto na
pessoa que somos ou na nossa vida. E foi isso que fiz. E faço.
Tentei no inicio do ano cumprir uma meta de criar uma força
positiva contrária ao já instintivo começo de ano negativo e só a meio deles
aceitei que lutava uma guerra onde já tinha perdido. Ainda insisti até que
deixei de dar tirinhos parvos e assumi.
O ano foi mau. Teve coisas boas. E aleluia está a dias do
fim.
Não sei como foi o vosso. Gostava que se quiserem, e se se
sentirem à vontade, partilhem como eu o fiz. Falar ou expor estas coisas e
sentimentos costuma, pelo menos para mim, ser catártico e ajudar.
Desejo apenas, do fundo do saco de sangue chamado coração e
que está do lado esquerdo do meu peito, que não tenha sido nem de perto
parecido, igual ou pior que o meu. massssss... se tiver sido, por favor tenta
fazer este exercício de sobrevalorização do que de bom existiu e aguentemos
mais um pouco que esta treta já vai nos últimos segundos. O árbitro já apita e
seja qual seja o próximo, saltemos com força, fé e intuito positivo para 2016!
Pensa e visualiza-me a dar o salto porque estarei a pensar em todos vocês!
Juro!
E metas? Promessas? Desejos? Objectivos?
Reencontrar o que perdi e terminar 2016 com uma nota mais
positiva. Logo veremos quando lá chegarmos que post de reflexão de fim de ano
escreverei. ;)
Desejo-vos o mesmo que para mim e +2. Desejo sempre mais
porque vocês ai sem o saberem, nem imaginam o quanto me ajudaram a boiar ao
longo deste ano. Saber que existe alguém algures que sabe que existimos e nos
ouve mesmo anonimamente e incognitamente… é um obrigada que nunca saberei
expressar correctamente.
Por isso resumo-me ao que de melhor a língua portuguesa tem:
obrigada.
Vamos saltar juntos e sem medos para 2016!
Here we go again!!!
Together!!! : ) no fear!
Vemo-nos do outro lado do buraco mágico ; )
BOAS FESTAS!!