Editora: Editorial Presença
Data 1ª Edição: 08/09/2016
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-5858-3
Nº de Páginas: 320
Sinopse
Madeline Whittier observa o mundo pela janela. Tem uma
doença rara que a impede de sair de casa. Apesar disso, Maddy leva uma vida
tranquila na companhia da mãe e da sua enfermeira - até ao dia em que Olly, um
rapaz vestido de preto, se muda para a casa ao lado e os seus olhares se cruzam
pela primeira vez.
De repente, torna-se impossível para Maddy voltar à velha
rotina e ignorar o fascínio do exterior - mesmo que isso ponha a sua vida em
risco.
Nicola Yoon escreveu um livro comovente com uma mensagem
para leitores de todas as idades. Tudo, Tudo… e Nós foi considerado um dos
melhores livros do ano pela Amazon, B%N Teen BLog, Hudson Booksellers, The
Miami Herald e School Library Journal.
«A minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou
alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio
de casa, nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas com quem convivo são
minha mãe e minha enfermeira.
Eu estava acostumada com a minha vida até ao dia em que ele
chegou. Pela janela vejo o camião de mudanças, e ali está ele. É alto, magro e
está vestido de preto da cabeça aos pés. Os seus olhos são de um azul como o
oceano. Ele vê que o estou a observar. Descubro depois que seu nome é Olly.
Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever
algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é
quase certo que será um desastre.»
A minha leitura
Admito que quando peguei no Tudo, Tudo… e Nós, o meu
pensamento foi “é um bom livro para limpar o palato literário entre livros masi
emocionais, e é lindíssimo!”
A Editorial Presença nunca desilude com as suas apostas em
bons autores, sejam eles já consagrados e conhecidos ou mais ocultos e
recentes. Nicola Yoon é, pelo menos para mim, prova certa disso!
Parece fútil e “coisa
de gaija” começar por elogiar o seu aspecto, mas adorei a escolha de capa e
contra capa. Este livro podia ser um caderno em branco que seria na mesma o
caderno em branco mais bonito que vi este ano! Repito: lindíssimo!
E agora que falei do exterior, vamos passar ao interior…
Pois… eu achava que seria um bom livro para limpar a mente
entre livros mais intensos. Uma espécie de amuse
bouche literária. Mais uma vez cai redonda na minha assunção. Nota mental:
não julgar um livro pela capa (por melhor ou pior que seja) e muito menos pela
sinopse. Admito que quando soube que pertencia à colecção de ficção juvenil,
imaginei que seria algo ligeiro, orientado para o romance adolescente e um pote
de “não me compreendo, ninguém me compreende e bla bla”… mas Madeline Whittier,
ou a Maddy do Olly, é muito mais e além disto.
Este livro mostra-nos a mente de uma pessoa que não teve a
oportunidade de viver a sua vida. Ela existe viva, mas não vive a vida na
realidade. E aceita-lo. E este facto é o que mais me influenciou e mudou o
pensamento ao ler Tudo, Tudo… e Nós. Madeline vê o mundo que lhe é permitido e
aceita-lo, tentando inclusivamente não ver além dos limites que lhe são
impostos, assumindo uma decisão sábia além dos seus poucos anos: a de não
desejar o que não se pode ter.
E ainda que a sua existência seja uma eterna rotina de
cuidados e vivências repetitivas e neutras… tudo corria bem. Até que Olly e a
sua família mudam-se para a casa do lado. E tudo muda.
Muda a sua mente. Muda a sua capacidade de controlar o que é
e o que poderia ser. Abre-se o seu coração e o seu espírito, que pela primeira
vez, quer ser livre e ter mais do que a sua redoma de segurança lhe permite.
Passo a passo descobrimos junto com a Maddy que o nada é imensamente
mais fácil de existir do que o tudo.
E este livro é tanto uma viagem de conhecimento como de descoberta.
Tanto de carinho, como de revolta. E até, literalmente, chegarmos à última
folha: uma total surpresa e descoberta.
É uma aventura que convido a embarcarem. Li em 2 dias, mas
feitas as contas, foi em 1h30 na realidade.
No fim fiquei com aquela vontade de querer mais, mas ao
mesmo tempo, senti que a continuação, o futuro,
será positivo e que venha o que vier, ser-lhe-á feliz.
Nicola Yoon escreve de forma tão fluida e simples que permite criar uma ideia bem construída das suas personagens e sinceramente, adoraria ver este livro em filme, pois a historia e a sua construção bem o merecem!
Nota: a forma como as mentes de Maddy e Olly são
apresentadas: fantástico! Adorei conhecer a Nicola e o seu esposo David Yoon -
é o autor das ilustrações de Tudo, Tudo… e Nós. Deixo-vos alguns exemplares abaixo.
Deixo-vos algumas imagens da família Yoon.
Nicola e o seu marido David Yoon
A lindíssima família: David, Nicola e Penny Yoon
Obrigada Carla! Tens um dedo mágico em tudo o que me
recomendas!
Obrigada Editorial Presença!