Quando peguei neste livro o meu primeiro pensamento foi de que seria um livro sobre uma relação emocional entre um dono e o seu amado animal e que, visto que sou uma coração de manteiga no que se refere a situações sentimentais com animais, associei logo que teria que colocar lenços de papel na mala enquanto o estivesse a ler para me preparar para um previsível choro numa parte mais sensível.
Enganei-me. Mas não por muito.
O titulo engana-nos. Pensamos que é um livro sobre perda e espera e não tem nada a ver. É uma história sobre descoberta, evolução e crescimento. Temos, no meu entender, dois protagonistas principais: o Daniel e o Doggo. Um deles um homem que começa a historia mostrando-nos que ao ser abandonado pela sua namorada de há 4 anos, ficou preso a um cão feio e que não quer, tentando obviamente devolve-lo ao canil de onde a sua namorada o tinha resgatado uns meses antes de os abandonar a ambos.
Não pensem o pior. Porque nem o Doggo volta para o canil e nem o Daniel é um monstro arrogante ou um fracassado emocional.
Um é somente uma pessoa incompleta, ainda presa nas definições que os outros lhe colocaram. O outro torna-se no seu salvador, mostrando-lhe que o feio também pode ser inteligente e que as primeiras impressões nem sempre estão certas.
Tornam-se companheiros antes mesmo de serem amigos. E não se sente neste livro aquele sentimento de relação entre dono e animal amado incondicionalmente. Doggo apresenta-se mesmo como uma alma sábia e silenciosa presa no corpo de um cão feio e de porte médio baixo. Pessoalmente acho-o bonito... mas eu sou suspeita, acho todos os animais lindos. E por entre as diversas dificuldades e encruzilhadas que surgem repentinamente na vida de Daniel, Doggo esta sempre lá para o apoiar, proteger e encaminhar na direcção e decisão correcta.
Quanto ao titulo... não fez muito sentido para mim até chegar a umas 10 páginas do fim e apesar de mesmo no final nos tentarem passar a imagem da ideia do porquê deste titulo... Não concordo. Para mim quem esperou por Doggo foi aquela que ele mais amou e ajudou a partir quando se voltaram a reencontrar por uma última vez.
E sim. Valeram a pena os lenços, porque foi nesta parte minúscula de duas ou três folhas que eu precisei de os usar.
Recomendo. É u livro que tem tanto de divertido como leve, e fluido e lê-se muito bem.
Mais uma excelente publicação da Editorial Presença!
Parece muito bom :) Acho que vou procurar para ler :)
ResponderEliminar"...Tornam-se companheiros antes mesmo de serem amigos..." A frase que me convenceu a querer ler este livro. :-)
ResponderEliminarFiquei com vontade de ler. obrigado pela sugestão.
ResponderEliminarObrigada pela recomendação e pela apreciação do livro.
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