domingo, 11 de maio de 2014

Vamos conversar um pouco? Sim?

Nem sei..

Sinto que há mto que não me sento para escrever e falar convosco, ou num tom mais pessoal, contigo que me lês agora. Pessoa anónima virtual, pessoa virtual, pessoa real, pessoa amiga, pessoa inimiga, pessoa A ou B, não me interessa, tu eu me lês.

Por isso decidi, “patudos e peludo a dormir, vou fazer umas torradas e uma caneca de café com leite e vou sentar-me e ver o que sai”. Aqui estou. Admito que das torradas sobrou zero e a caneca vai a meio. Admito ainda que parte de mim esta no cantinho pratico do meu cérebro a pensar no que irei fazer pró jantar dele..

Adiante.
Aqui estou.  A tentar comunicar só pelo acto de comunicar. Pelo que valha, pela limpeza mental e de alma que daqui possa vir. Quem sabe preencher um pedaço da vida de quem me lê. Nem que seja fazer companhia por algumas linhas, ou sendo eu quem sou, muitas.

Posso falar-te de como me tenho sentido desde que fiquei desempregada..  (espera, desempregada oficialmente apenas daqui a 11 dias, porque ate lá estou de “ferias”) mas não quero ainda entrar neste assunto por agora. Estou a tentar não me aperceber da profundidade de sentimentos e reacções que tenho perante este status em mim. Tenho tentando ignorar ou fingir.. e admito que o facto de ter estado em casa durante alguns tempos após o transplante, e de tudo isso não ter sido há mtos meses atrás, facilita. Facilita reconhecer aquela sensação de estar em casa e pronto.. não pensar no assunto, simplesmente estar. Mas sei, sinto e não consigo esconder de mim mesma que este “estar em casa” é bastante mais complicado e diferente e temo, receio, assusta-me..

Adiante. Do que venho falar-te?
Posso contar-te como tenho andado fisicamente a sentir-me. Assim assim. Normalmente sou a pessoa que diz que o talvez é a resposta que o não se nega a afirmar. Mas não me sinto talvez mal ou talvez bem, sinto-me num meio termo físico que sei que será mais alimentado pelo factor emocional e psicológico do que outra coisa.

Ás vezes tenho umas moinhas na zona da barriga, mas sei que não é o rim. Ás vezes as coisas doem né? Em especial nas gaijas e quando estamos naquela altura do mês.  Tenho tido algumas dores de cabeça ao acordar, mas sei que o facto de andar a deitar-me tarde e o Pipoca acordar-me cedo insistentemente a miar é um factor contributivo enorme. Não tenho perdido peso, a balança já não é um factor paranóico de controlo, mas não desceu… sendo que não aumentou muito, vai oscilando. Admito que já lhe dei mais folga e cometi quiçá alguns erros, que depois prontamente me disponho a pagar por eles com longas caminhadas cansativas.. os meus pés cansados que vos digam.

Por isso, ando assim assim. Não consigo dizer que estou mal mas não seria honesta em dizer que estou mal.
Mas hei! Não vim aqui falar-te de problemas tristezas ou cenas parvas.

Vinha aqui apenas falar-te. Dizer que estou aqui e sei que tu estas ai a ler.
Que sei que, não sabendo quem és, passas por momentos em que te sentes rebentar de cansaço, preocupação. Que possivelmente chegas ao fim do dia com aquela sensação e que não chegou. De que algo ficou a sobrar a mais ou a faltar a menos. Que ainda que o corpo tenha descanso quando a cabeça bate na almofada, a mente não desliga e o coração não para.

E infelizmente, sei ou sinto ainda, que pior do que o cansaço físico, é esse emocional e psicológico que nos mastiga dia-a-dia. Que nos transforma de pessoas a pedaços de pessoas.

Sabes o que te digo? Que não sei o que te dizer para ultrapassares isso.

Que a vida e as pessoas teem fases assim. Ás vezes são verdadeiros períodos anuais ou décadas disso. E é uma merda. Uma verdadeira treta sentirmos que estamos constantemente a tentar ter um momento bom que surja facilmente e fique durante algum tempo sem que tenhamos que lutar com unhas e dentes.

Ter algo fácil e simples e bom.

Pode parecer tolo mas é mesmo isso que todos queremos. Facilidade, simplicidade e felicidade.

Mas tal como te digo isto, juro-te que não é olhando apenas o que não queremos que nos apercebemos que o que desejamos já termos em parte. Quando masi valorizarmos o que não queremos, mais ele aumenta ou aparenta aumentar. Mais distante vemos o que procuramos e no meio de tanta visão trocada, deixamos mesmo de ter á vista o que sempre esteve afinal ali ao lado, acessível.

Por isso para. Para se faz favor.

PARA! Tá difícil de entender ou não és capaz de desviar os olhos de toda a treta que te rodeia e atafulha a mente e coração? Chega! Desvia o olhar. Ou melhor, fecha os olhos!

Fecha! E agora, sem qualquer pensamento em mão, encosta a cabeça para trás e sem qualquer tentativa de sentir ou desejar ou querer, faz-me a mim e a TI o favor de ser. Não tentes, simplesmente sê.

Não é fácil, mas com pratica, talvez tu e quem sabe (espero) eu também, aprenderemos a deixar de lado tudo o resto e simplesmente atingirmos estes momentos serenos em que podemos ser, e com isso, alcançar aqueles momentos que antes pareciam longe e afinal estavam mesmo aqui ao lado.

Algo fácil, simples e bom.
Felicidade.

Para mim, paz e silencio.
:) sim?


Depois conta-me se resultou e se não tiver resultado, conta na mesma. Eu estou aqui :)
  

1 comentário:

  1. :D Não sei se t'abrace... não sei se... t'abrace novamente... sei que m'apetece muito abraçar-te! :) Maturidade... estás mais serena e isso só se consegue com o passar dos anos... (é como as reticências... as minhas aumentam com os anos...) A... b... r... a... ç... a... r... -... t... e... (não sei como, não sei quando, só sei que a vontade de te abraçar "bateu" ao longo do post... se calhar não consigo conversar... perco-me no que sinto e no que me fazem sentir e com a idade já não "explico" muita coisa... daí o abraço... é tão difícil e tão fácil... só sentindo! Nem imaginas como me fez bem conversar este bocadinho contigo! :D L <3 Y

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Obrigada :)

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